Tempo!
Um dia me disseram que os jovens
não se preocupam com o tempo, então concluo que não sou mais tão jovem assim. Pois
o tempo me atravessa, confesso que de forma especial depois dos 30 anos. Na
verdade o tempo sempre foi uma grande questão para mim, antes tinha pressa para
realizar, hoje permaneço com pressa, mas agora tenho pressa, de viver. Não viver
buscando realizações, apenas. Mas viver! Estar presente no agora, no instantes.
Não tenho medo de morrer, mas temo não viver. E o não viver para mim é estar
presa no que se foi, ou no amanhã. O viver é agora! Então pensando sobre o
tempo e o que fazer com ele, recorro como sempre as palavras, na tentativa de inscrever
o que tenho pensando, segue...
Tempo. Tempo, marcador da vida. Tempo que marca a
espera do encontro dos apaixonados. Marca a espera da chegada de um filho.
Marca o corte de uma sessão de análise. Marca as doces notas de uma canção. Tempo,
marcador de instantes e histórias, marcador de existências. Marca os afetos.
Registra. E sutilmente o tempo se vai, pausadamente... se vai. Registrando...
indo. Sem pausa. Na sutileza do tempo nos perdemos tantas vezes, e nos
deparamos apenas com o calendário, que aponta o fim de mais um ano e a chegada
de outro, assim sutil e frenético.
Pergunto-lhe então: Como tem sido
a apreciação do seu tempo? Como tem registrado o seu tempo? Não precisa
responder agora – pense! Essa resposta se dá na construção. Não me refiro o tempo cronológico, apenas, mas
o tempo do existir. Do seu existir. Antes de pensarmos sobre o que estamos
fazendo com o nosso tempo, talvez precisemos antes nos conhecer. “Conhece-te a
ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo” – Sócrates. O tempo é um DEUS. Se
desejarmos compreender a importância do tempo, precisamos conhecer o que nos
impulsiona “gastar” o tempo. O Tic-Tac permanece, a areia da ampulheta permanece
caindo... esvaindo.
Compreendendo quem somos e o que
desejamos para a nossa existência, compreendermos também a rica importância do
tempo. Quando passamos a validar o tempo, a importância de cada instante, passamos
a compreender, sobretudo que não temos tempo a perder. O tempo do existir é impetuoso,
não espera. A vida é curta demais para se perder em meio a mediocridades. Muito
curta para ser pequena. Perder tempo com mágoas, com futilidades, com fofocas,
com experiências vazias, não nos rouba apenas as horas, mas o tempo da
existência. E isso é caro demais. Não há cura. É irremediável. Tic – tac... indo!
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